Tão breve e frágil !

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Por certo momento, enterrei minhas palavras
em busca de inspiração e motivação.
Vi-me numa procura que nunca chegava ao fim,
e numa busca de algo que nunca encontrava.
Exausta e deprimida,
senti minha alma vazia.
Onde estava a riqueza de sentimentos?
Por onde andavam as inúmeras palavras sortidas?
Era como se uma parte de mim houvesse sido amputada.
Queria escrever e passar para o papel o que de certa forma estava sentindo,
mas era como se esse membro,o do sentimento, não estivesse mais ali.
Conseguia senti-lo, mas não movimentá-lo.
Tão breve e frágil é a vida!
Ela nos escorre por entre os dedos,
levando junto, os nossos sonhos, desejos,
os nossos dons e gracejos.
Nessa trajetória, porém,
para a minha surpresa, não encontrei o que buscava,
mas acabei reencontrando a mim mesma.
E descobri que na verdade,
o que passei buscando e procurando lá fora,
já estava adormecido dentro de mim.
Tão breve e frágil é o tempo!
Ele não espera e temos que ser ágeis.
É preciso muito mais do que correr contra o tempo.
É preciso viver o tempo.
Viver os nossos sonhos, nossos desejos,
viver os nossos dons e gracejos.
É preciso viver a vida!
E não somente estar e passar pela vida.

(Samantha Bighetti)





Onde foram parar o Amor e a Gentileza?

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Onde estão os bons princípios?
Onde foi parar o amor e a compaixão?
O que houve com a sinceridade e a integridade?
O mundo está doente e grita por socorro!
A humanidade se fechou no casulo do orgulho.
Picuínhas, mexericos, mentiras e rivalidades são vistos como atos de coragem.
Atos de amor e palavras de gentileza são claramente satirizadas e taxadas de covardia.
Nunca vi uma humanidade tão escrava.Escrava da opinião alheia.
Só quem ama é realmente livre, pois, segue o seu coração sem se importar se os seus gestos e atos serão "aprovados" pela sociedade.
Quem ama é infinitamente livre! No amor está a sabedoria.
"Amor, palavra que liberta - já dizia o Profeta".
Compartilho com vocês o vídeo da música gentileza de Marisa Monte. O Profeta Gentileza  pregou o amor e a gentileza ao próximo.Sempre me emociono quando ouço essa canção e lembro da vida dele.
( Samantha Bighetti )

Gentileza gera gentileza

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Agradecimento aos deuses do teatro e da dança.

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Agradeço aos deuses do teatro e da dança
por aceitarem o meu corpo
como o templo da arte e da dança.

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Basta de tudo que mata!

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Basta aos puritanos,
com seu falso moralismo.
Basta aos hipócritas,
com suas máscaras e mentiras.
Basta aos fanáticos religiosos,
que desdenham e humilham em nome de Deus.
Basta de pessoas "sensatas" e "normais",
que não aceitam os "diferentes" e "loucos".
Basta aos padrões e regras impostas pela sociedade,
para controlar e manipular a humanidade.
Basta de cabresto disfarçado de "bom conselho",
dizendo o que devo vestir,falar,ouvir e como agir.
Basta deste mundo cinza,
que não aceita o colorido.
Basta dessa idéia errônea de que uma pessoa responsável,
é aquela que tem o semblante triste e emburrado.
Basta de rotular as pessoas felizes,
de irresponsáveis e fúteis.
Basta dos que se dizem cristãos,
mas, só testificam a respeito de si mesmo.
Basta de igrejas e seus "líderes",
que pregam nosso Deus como padrasto e não como Pai.
Basta dessa ausência de bons sentimentos.
Não é vergonha abraçar,beijar e dar carinho às pessoas queridas.
Basta de tristeza e falta de brilho.
Quero alegria e muita purpurina.
Basta de tudo que mata!
Pois,pior que a morte do corpo
e mais triste que a morte dos sonhos,
o mais grave é a morte da alma!
(Samantha Bighetti)

Nostalgia!

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Ah,que saudades!
Saudades dos anos de inocência.
Da mochila nas costas e lancheira na mão.
Das infinitas brincadeiras.
Das viagens ao tempo e das viagens intergalácticas,
tendo como meio de transporte uma caixa de papelão.

Ah,que saudades!
Saudades da minha infância no litoral.
De molhar os pés nas águas do mar.
De fazer castelos na areia.
De pedir licença à Iemanjá e as ondas pular.
De catar conchinhas e ouvir gaivotas cantar.

Ah,que saudades!
Saudades das viagens ao interior na casa dos avós.
Do cheiro de terra molhada e dos banhos de chuva.
Das modas de viola que meu avô ouvia na vitrola
e da boa comida que suas mãos faziam.
Das histórias que minha avó contava
e do cheiro do café que ela preparava.
De balançar sob a mangueira,de comer frutas no pé e chupar jabuticaba.

Ah,que saudades!
Saudades da mocidade.
Do primeiro sutiã e do primeiro salto alto.
Da primeira menstruação e o primeiro absorvente.
Da emoção do primeiro beijo,abraço e aperto de mão.
Das misturas de emoções e sentimentos.
Das alegrias infinitas,dos bailes e passeios.

Ah,que saudades!
Saudades de todos que já partiram.
Da vó Maria,seu terço na mão e das histórias de quando morava na fazenda.
Do vô João,sua saborosa cochinha e salada de macarrão.
Da vó Zefa,suas broncas e aulas de boas maneiras.
Das histórias de suas vidas
e dos concelhos que guardo no coração.

Ah,que saudades!
Saudades da vida adulta.
Da independência.
Da primeira noite de amor.
Da realização profissional e pessoal.
De passar horas e horas com os amigos jogando conversa fora.
Das baladas,cinemas,teatros,viagens e de perder a hora.

Ah,que saudades!
Saudades de todos que fazem parte da minha vida.
Da minha mãe,minha amiga e confidente,uma grande mulher.
Do meu pai,um grande homem,pai-amigo,pai-herói.
Do meu amor e eterno companheiro.
Das minhas irmãs e meus irmãos.
Das minhas cunhadas,sobrinhas e sobrinhos que longe estão.

Ah,que saudades!
Saudades... saudades... saudades.
De tudo o que vivi,do que não vivi
e do que vou viver.
De lugares que conheci,dos que não conheci
e dos que irei conhecer.
Saudades até mesmo dessa nostalgia,tão quente e tão fria.
(Samantha Bighetti)