Basta de tudo que mata!

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Basta aos puritanos,
com seu falso moralismo.
Basta aos hipócritas,
com suas máscaras e mentiras.
Basta aos fanáticos religiosos,
que desdenham e humilham em nome de Deus.
Basta de pessoas "sensatas" e "normais",
que não aceitam os "diferentes" e "loucos".
Basta aos padrões e regras impostas pela sociedade,
para controlar e manipular a humanidade.
Basta de cabresto disfarçado de "bom conselho",
dizendo o que devo vestir,falar,ouvir e como agir.
Basta deste mundo cinza,
que não aceita o colorido.
Basta dessa idéia errônea de que uma pessoa responsável,
é aquela que tem o semblante triste e emburrado.
Basta de rotular as pessoas felizes,
de irresponsáveis e fúteis.
Basta dos que se dizem cristãos,
mas, só testificam a respeito de si mesmo.
Basta de igrejas e seus "líderes",
que pregam nosso Deus como padrasto e não como Pai.
Basta dessa ausência de bons sentimentos.
Não é vergonha abraçar,beijar e dar carinho às pessoas queridas.
Basta de tristeza e falta de brilho.
Quero alegria e muita purpurina.
Basta de tudo que mata!
Pois,pior que a morte do corpo
e mais triste que a morte dos sonhos,
o mais grave é a morte da alma!
(Samantha Bighetti)

Nostalgia!

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Ah,que saudades!
Saudades dos anos de inocência.
Da mochila nas costas e lancheira na mão.
Das infinitas brincadeiras.
Das viagens ao tempo e das viagens intergalácticas,
tendo como meio de transporte uma caixa de papelão.

Ah,que saudades!
Saudades da minha infância no litoral.
De molhar os pés nas águas do mar.
De fazer castelos na areia.
De pedir licença à Iemanjá e as ondas pular.
De catar conchinhas e ouvir gaivotas cantar.

Ah,que saudades!
Saudades das viagens ao interior na casa dos avós.
Do cheiro de terra molhada e dos banhos de chuva.
Das modas de viola que meu avô ouvia na vitrola
e da boa comida que suas mãos faziam.
Das histórias que minha avó contava
e do cheiro do café que ela preparava.
De balançar sob a mangueira,de comer frutas no pé e chupar jabuticaba.

Ah,que saudades!
Saudades da mocidade.
Do primeiro sutiã e do primeiro salto alto.
Da primeira menstruação e o primeiro absorvente.
Da emoção do primeiro beijo,abraço e aperto de mão.
Das misturas de emoções e sentimentos.
Das alegrias infinitas,dos bailes e passeios.

Ah,que saudades!
Saudades de todos que já partiram.
Da vó Maria,seu terço na mão e das histórias de quando morava na fazenda.
Do vô João,sua saborosa cochinha e salada de macarrão.
Da vó Zefa,suas broncas e aulas de boas maneiras.
Das histórias de suas vidas
e dos concelhos que guardo no coração.

Ah,que saudades!
Saudades da vida adulta.
Da independência.
Da primeira noite de amor.
Da realização profissional e pessoal.
De passar horas e horas com os amigos jogando conversa fora.
Das baladas,cinemas,teatros,viagens e de perder a hora.

Ah,que saudades!
Saudades de todos que fazem parte da minha vida.
Da minha mãe,minha amiga e confidente,uma grande mulher.
Do meu pai,um grande homem,pai-amigo,pai-herói.
Do meu amor e eterno companheiro.
Das minhas irmãs e meus irmãos.
Das minhas cunhadas,sobrinhas e sobrinhos que longe estão.

Ah,que saudades!
Saudades... saudades... saudades.
De tudo o que vivi,do que não vivi
e do que vou viver.
De lugares que conheci,dos que não conheci
e dos que irei conhecer.
Saudades até mesmo dessa nostalgia,tão quente e tão fria.
(Samantha Bighetti)